Cristo Rei, Senhor do tempo de da história

“Porque é necessário que ele reine, até que ponha todos os inimigos debaixo de seus pés. O último inimigo a derrotar será a morte.” (1Cor 15, 25-26)

Nesses dias nos preparamos para concluir o ano litúrgico com a solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. O Senhor, através da Liturgia da Igreja dá uma resposta clara e precisa: “É Cristo o Rei, Ele o verdadeiro Deus, Ele, o único a tornar o homem capaz de redescobrir no próximo, quem quer que seja, uma alma que vive e que anela um sentido: Ele”.

Na história muitas vezes nos encontramos com ideologias que fizeram do homem, uma máquina ao seu serviço e a história nos ensina que nunca, quando o homem destrói o seu próximo, se torna mais homem; nunca, quando o homem elimina aquilo que não é como ele, encontra a paz; nunca, quando o homem elimina a verdade, se torna livre.
Ninguém jamais ensinou ao homem a ser tal, a ser ele mesmo, senão Jesus Cristo.

Nós cristãos temos que encontrar coragem e força nesses tempos no Fato, não na ideia ou no pressentimento, que Jesus Cristo, além de qualquer coisa que os homens possam lhe fazer, é e permanece o único verdadeiro Deus e Senhor. Parece quase ter que voltar aos primeiros séculos do cristianismo no qual o anúncio eminente se fechava em uma fórmula simples mas rica de significado: “Jesus é o Senhor!”.

Nos aproximamos com a oração ao redor de todas as vítimas desses dias e a todos os escravos do terrorismo, que massacram vidas humanas – o maior dom de Deus a humanidade – e em troca de um presunçoso prêmio eterno, tendo em mente as palavras de João, “Todo aquele que odeia o próprio irmão é homicida, e vós sabeis que nenhum homicida possui em si mesmo a vida eterna” (1 Jo, 15)

Permaneçamos por isso, bem firmes na nossa fé em Jesus Cristo, a única verdadeira resposta que podemos dar a Deus, e permaneçamos orgulhosos e reconhecidos súditos de um Rei tão grande assim, o mesmo ao qual todos, cristãos e não cristãos, deverão indistintamente prestar contas no dia do juízo. E sobre isso – sentimos muito por quem ainda o coloca em discussão – não existe dúvida alguma.